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As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade" Victor Hugo

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Orgulho, perdão e reconciliação.

O grande desafio da vida: relacionamento interpessoal.
Entre culturas, histórias, valores, realidades.
Entre personalidades, temperamentos, emoções e sentimentos.
Eis o desafio das relações humanas.

A humanidade não é fácil... no sentido ser, se tornar, viver, relacionar-se com tudo e todos.

Mas diante deste quadro eu gostaria de ver uma vertente da vida que muito me incomoda.
A vertente da desavença, do atrito, do conflito entre pessoas.
Como lidar com essa questão? Ou como resolver essa questão?
Permeada pela dor, pela mágoa, pelas lágrimas, pela raiva, etc.

De um lado o eu que tem seu instinto de auto-preservação. E acaba por se isolar, afastar, proteger.
Do outro lado o tu ou ele que tem o ímpeto da ofensa.
E por que não o vice e versa?
Nesse ciclo notamos que horas estamos como vítimas e horas estamos como os ofensores. E esse ciclo é bem dinâmico não acha?
Sendo assim, podemos ter algumas básicas opções de escolha diante de um conflito interpessoal:

1. Romper a relação
2. Reatar a relação

A verdade é que independente do grau vincular e de amor da relação temos muito a ganhar ou a perder quando escolhemos uma das opções. Pode ser com alguém íntimo ou não. Mas mesmo assim podemos ganhar ou perder.
Romper é mais "fácil" e justificável por conta até do instinto "se me causou dor então não quero mais".
Agora, tenho observado que reatar uma relação e deixar de lado o orgulho (elevação do eu) não é fácil, porém é a forma legítima de crescimento e maturidade que podemos ter.
Não que para reatar precisamos voltar ao mesmo estado da relação no mesmo instante. Mas é possível a partir da chance que damos ao outro, obter um novo crescimento e estruturação daquele elo que se rompeu.
Talvez um elo de amizade voltará como um elo de amizade.
Talvez um elo de casamento voltará como um elo de casamento.
Talvez um elo de parentesco voltará como um elo de parentesco.
Talvez um elo de amor voltará como um elo de amor.
Talvez um elo voltará apenas a um elo de respeito e consideração pelo outro, que é um ser humano tanto quanto eu.
Ou ainda, talvez o elo voltará bem mais forte e significativo do que já se foi. Muitas vezes já vivi isso.
Voltará a um elo verdadeiro, de que não quero ser orgulhoso mas também quero ser sábio nas minhas relações e colocar acima de tudo a importância de se buscar a viver o amor verdadeiro como ele é.
Ahhh o amor verdadeiro, um amadurecimento de toda uma vida..
Enfim o que quero mesmo dizer nessas divagações é que perdemos muitas coisa por conta do orgulho. Relações rompidas causam transtornos não só a você mas também em quem está mais perto de você. Influencia várias relações.
E vejo que perdemos mais quando escolhemos romper do que reatar.
Reatar talvez ganharemos mais alguns dissabores na relação, talvez alguma outra ferida, porém ferida fecha, cicatriza e traz crescimento.
Romper nós perdemos pessoas, momentos importantes que poderíamos estar vivendo juntos, perdemos outras pessoas que se incomodaram com sua atitude, perderemos chance de crescer, porque romper é ferida que não se fecha, não cicatriza e continua trazendo dor.

Ué qual dor eu prefiro? Dor de crescer ou dor de romper?
No final das contas, são dores.
Viver é estar pronto para a dor.
Dor que cura ou dor que se perpetua?








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